“Irei receber 1300 euros por mês. Quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque como sabe eu não recebo vencimento como Presidente da República”.
A iniciar o segundo ano do segundo mandato presidencial, Cavaco Silva quis também ele dizer aos portugueses que acompanha a dura realidade que o País atravessa e que também ele vai ser afectado com os cortes impostos pela grave conjuntura.
Levantaram-se logo vozes críticas dos vários quadrantes políticos, criou-se uma petição on-line com o objectivo de demitir o presidente, ouviram-se apupos em eventos, fizeram-se manchetes, abriram-se jornais com vozes indignadas de protesto contra estas declarações, colocou-se o carácter e a função do Chefe de Estado em causa, criam-se ‘vaquinhas’/movimentos de ajuda ao Presidente e tenho a certeza que se formos perguntar a uma senhora idosa o que acha desta polémica toda ela ainda diz que se tivesse tido mais dinheiro há uns meses para curar um problema num braço, o que lhe daria agora alguma força, lhe dava com a bengala nos calcanhares.
Não percebo porquê tanto alarido, tanta onda de contestação, tanta revolta nas palavras de um lado e de outro, tanta indignação.
As pessoas não têm noção das despesas que um Presidente de República pode ter porque se tivessesm estavam era bem caladinhas. E eu já nem falo dos quase 40 anos de descontos como professor universitário ou como investigador na Fundação Calouste Gulbenkian, nem da lista de funções que nunca mais acaba que o senhor tem de cumprir. Falo pois dos 1300 euros que representam parcos rendimentos para quem tem uma casa de férias na praia da Coelha para manter, que tem de vestir fatos à altura, com corte perfeito e tom a condizer com a pele, onde não servem fatos do Continente, cheios de linhas e com defeitos aqui ou ali, o corte de cabelo sempre bem alinhado à esquerda, os presentes para a carrada de filhos e netos, multiplicados por aniversários, natais, páscoas, Dia do Bolinho (e à enorme quantidade de crianças que vai bater à porta dele nesse dia) e claro não podia deixar de ser as flores que compra com frequência para a esposa a agradecer por há tantos anos lhe passar as camisas.
Levantaram-se logo vozes críticas dos vários quadrantes políticos, criou-se uma petição on-line com o objectivo de demitir o presidente, ouviram-se apupos em eventos, fizeram-se manchetes, abriram-se jornais com vozes indignadas de protesto contra estas declarações, colocou-se o carácter e a função do Chefe de Estado em causa, criam-se ‘vaquinhas’/movimentos de ajuda ao Presidente e tenho a certeza que se formos perguntar a uma senhora idosa o que acha desta polémica toda ela ainda diz que se tivesse tido mais dinheiro há uns meses para curar um problema num braço, o que lhe daria agora alguma força, lhe dava com a bengala nos calcanhares.
Não percebo porquê tanto alarido, tanta onda de contestação, tanta revolta nas palavras de um lado e de outro, tanta indignação.
As pessoas não têm noção das despesas que um Presidente de República pode ter porque se tivessesm estavam era bem caladinhas. E eu já nem falo dos quase 40 anos de descontos como professor universitário ou como investigador na Fundação Calouste Gulbenkian, nem da lista de funções que nunca mais acaba que o senhor tem de cumprir. Falo pois dos 1300 euros que representam parcos rendimentos para quem tem uma casa de férias na praia da Coelha para manter, que tem de vestir fatos à altura, com corte perfeito e tom a condizer com a pele, onde não servem fatos do Continente, cheios de linhas e com defeitos aqui ou ali, o corte de cabelo sempre bem alinhado à esquerda, os presentes para a carrada de filhos e netos, multiplicados por aniversários, natais, páscoas, Dia do Bolinho (e à enorme quantidade de crianças que vai bater à porta dele nesse dia) e claro não podia deixar de ser as flores que compra com frequência para a esposa a agradecer por há tantos anos lhe passar as camisas.
Por isso meus caros senhores, principalmente àqueles que falaram sem pensar dois segundos antes, é claro que um ordenado de 1300 euros não chega a todo o lado.